Os hábitos dos antigos gaúchos, sejam eles alimentares, de vestuário, aperos e arreios dos cavalos, forma de domar cavalos, de laçar ou bolear, maneira figurada de falar, palavras utilizadas e música, entre outros, passam a ser assimilados pelas novas ondas de colonização açoriana (1752) que o continente de São Pedro do Rio Grande do Sul sofreu. A cultura de fora se rende à cultura local e adapta-se, transforma-se ou desaparece.Neste período, muitos gaúchos eram considerados vaqueanos (conhecem a região nos seus mais mínimos detalhes) e guiavam viajantes e exércitos pelo pampa. Outros tocavam infindáveis tropas de gado por léguas sem fim. Havia ainda os carreteiros, que transportavam produtos cortando a região de todas as maneiras. Os antigos e primeiros gaúchos nômades (injustamente chamados de ladrões no período do gado cimarrão, época de enfrentamento de forças pela posse do gado sem dono) trabalhavam sazonalmente em fazendas (eram pouco exigentes e pareciam se divertir no trabalho mais duro, eram exímios laçadores, boleadores, carneadores e artesões de produtos de couro necessários na montaria) e influenciavam de forma espantosa os filhos dos colonos da campanha ou povoados por onde passavam.
Os gaúchos influenciaram o comportamento de toda a região, com isso todos queriam ser como os gaúchos no aspecto na montaria e desbravado (índios, soldados, escravos, peões, estrangeiros, comerciantes, viajantes e crianças. )
No seu comportamento, o gaúcho antigo, tinha respeito para quem os tratavam de forma gentil, tinham uma base ética (mesmo que seu ), eram impetuosos e provocadores (quando necessário), tinham certa atração pela guerra (desde que seja a cavalo - jamais à pé), atração pela montaria (que se manifesta em muitos enfeites, até de prata) e tradição, seja na indumentária, seja na forma de arrear os cavalos.
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